domingo, 26 de abril de 2015

Ypres

22 de abril de 1915. Neste dia ocorre a única grande ofensiva alemã nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. A mais importante nota relativa a esta batalha tem a ver com o procedimento alemão.

A ofensiva alemã começou normalmente, com recurso a uma cerrada barragem de artilharia pesada que tinha o objetivo de desorganizar as defesas inimigas, para permitir um mais fácil avanço da infantaria a pé. Este foi, aliás, o procedimento normal durante grande parte da guerra.

No entanto, depois da fortíssima barragem de artilharia, a infantaria não avançou.

Em vez do avanço da infantaria, ocorreu um ataque maciço dos alemães numa frente com a largura de cerca de 6 quilômetros, em que pela primeira vez na história foram utilizadas armas químicas, tendo os alemães disparado cartuchos de gás de cloro sobre as posições aliadas.

Os principais visados foram duas divisões francesas constituídas essencialmente por tropas coloniais argelinas, que perante o ataque foram acometidas de total pânico. A frente naquele setor ficou completamente desorganizada com as tropas francesas e argelinas em debandada total. Foram também atacadas forças indianas da Commonwealth.

Os alemães, porém, analisando a situação e tão aturdidos com o resultado da utilização da arma quanto as tropas francesas, não aproveitaram a vantagem que tinham ganho e praticamente não avançaram, com medo de que as suas tropas fossem afetadas pela sua própria arma.

A batalha prosseguiu e durante o dia 24 foi novamente efetuado um ataque utilizando o mesmo tipo de gás, sobre tropas do Canadá.

À medida que os dias iam correndo, os alemães passaram a conseguir obter vantagens táticas e fizeram retroceder as forças Aliadas, tendo ganho terreno até que o recuo dos Aliados parou junto à cidade de Ypres. A ofensiva foi finalmente detida em 25 de Maio de 1915, mais de um mês depois de a ofensiva ter começado.

A importância da batalha de Ypres é, por isso, muito grande, porque correspondeu à primeira grande utilização operacional de armas químicas durante um conflito.

Foram desenvolvidas apressadamente formas para evitar os gases, especialmente na forma de mascaras antigás, que embora extremamente desconfortáveis eram consideradas adequadas para a situação.

Mais tarde, também os Aliados desenvolveram as suas próprias armas químicas, que passaram a utilizar contra os alemães até o fim da guerra.

Entre as vítimas alemãs das armas químicas dos aliados encontrar-se-ia o cabo de origem austríaca Adolf Hitler, que durante a Segunda Guerra Mundial se recusou a permitir a utilização de armas químicas, por ter tido conhecimento direto das consequências da sua utilização.

As armas químicas, entre as quais se encontra o gás mostarda, introduzido pelos alemães em 1917, provocaram durante a guerra um total de 500.000 vitimas, entre as quais 30.000 mortos.


Fonte:
http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=35

Mais:
http://www.youtube.com/watch?v=iQ0mox7w5Go

domingo, 19 de abril de 2015

Les poilus reviennent à la charge

PARIS MATCH
11 décembre 2013

Les poilus reviennent à la charge

A l'approche du centenaire de la guerre 14-18, l'édition rouvre ses pages sur un conflit qui a meurtri la France et marqué les mémoires.

(Valérie Trierweiler)

LETTRES DES TRANCHÉS

C'est sans doute le livre le plus spectaculaire parmi les ouvrages consacrés au centenaire de la Grande Guerre. Réalisé sous la houlette de l'incontestable historien Jean-Noël Jeanneney, il rassemble 800 photographies inédites. C'est dans le fonds du journal "Excelsior" que les éditions des Arènes ont puisé. Il s'agit de reportages qui avaient été publiés alors et rassemblés ici pour la première fois; les vrais débuts du photojournalisme. Le livre est organisé de façon chronologique. Il s'ouvre sur l'été 1914, avec la présentation des unes de la revue. Les événements s'enchaînent: assassinat de l'archiduc d'Autriche-Hongrie, puis celui de Jaurès, mobilisation générale le 1er août. Et l'engrenage fatal. Magnifiques clichés à partir des plaques de verre des soldats attendant sur le quai de la gare de l'Est le départ au front. La qualité des images est exceptionnelle. Les tirages rendent la profondeur de champ palpable. Autre chapitre particulièrement intéressant, celui sur les tirailleurs algériens et sénégalais ou encore les soldats indiens, tous touchés dans l'hécatombe. Fascinantes aussi, ces images de tranchées où vivent les soldats. Le livre ne fait l'impasse ni sur la population française et la façon dont elle surmonte l'épreuve de guerre, ni sur la destruction des habitations ou des édifices publics.

Pas d'impasse non plus sur le sort des blessés ou des... chevaux! Un reportage d'avril 1915 attire l'attention: il s'agit d'un camp de prisonniers allemands qui "deviennent un enjeu médiatique". Un grand nombre de pages est réservé au sort des blessés et mutilés. Observons encore le temps nécessaire, page 153, ce cliché d'un soldat amputé des deux pieds et porté par un tirailleur lors d'une fête organisée par les "artistes de Paris", ou celle du parterre de blessés, le même jour, au palais du Trocadéro. A chaque page, le lecteur découvrira des fragments d'Histoire. Telle l'arrivée du casque Adrian fabriqué à plus de trois millions d'exemplaires par les femmes restées à l'usine.

Le livre consacre un chapitre aux "combattantes de l'arrière", l'autre front, et un autre sur leurs nouveaux métiers. Les années passent, un hiver très rude s'installe en 1917. Les batailles s'accumulent jusqu'aux belles heures de la victoire. L'ouvrage s'étend jusqu'en 1919, au départ des prisonniers allemands, et, sur une note plus frivole au retour de la mode féminine. L'auteur a fait le choix d'un ouvrage destiné aux familles. Aucune image n'est insoutenable, toutes peuvent être regardées par les enfants. Ce livre est un véritable trésor pour la mémoire collective, et devrait trouver sa place dans toutes les bibliothèques.

LA PHOTO SUR TOUS LES FRONTS

Dupré n'a pas 20 ans lorsqu'il entame ce journal. Et quel journal! Il y a d'abord ses lettres adressées à ses parents, de sa petite écriture ronde et régulière. Et puis ses croquis, qui illustrent les scènes de guerre. Ce n'est pas la première fois que des lettres ou des journaux intimes de guerre sont publiés; les poilus avaient la plume alerte. C'était pour eux l'un des rares moyens de supporter les atrocités de cette guerre. Et ces écrits sont un précieux apport pour les historiens. Dupré, engagé dans l'artillerie, donne force détails. Sur la page de gauche, le fac-similé des lettres originales sur celle de droite, la retranscription en lettres d'imprimerie. On y trouve un mélange de gravité et d'innocence.

Ansi le 10 juillet 1917: "Les boches ont l'air de vouloir recommencer à nous embêter. Le temps est superbe et c'est triste de voir les obus éclater, soulevant la terre au milieu de la verdure fraîche et ensoleillée." Certains jours, le soldat Dupré s'étend sur ses feuilles blanches. Parfois il note: "Je suis seul" ou bien "Il fait extrêmement froid". Le jeune homme donne des précisions sur les opérations ou les déplacements effectués. Mais c'est l'obsession du "boche" qui revient sans cesse. Celle qui masque la peur. La peur de perdre la vie quand tant de ses camarades ont disparu. Dupré a survécu. Comme sa mémoire, grâce à ses confidences.


Fonte:
http://www.parismatch.com/Culture/Livres/Les-poilus-reviennent-a-la-charge-540138

Mais:
http://www.dailymotion.com/playlist/x1s10i_ufo67

domingo, 12 de abril de 2015

História completa

Trechos da introdução de A Primeira Guerra Mundial: História Completa (2013), de Lawrence Sondhaus.


"Graças a Deus, é a Grande Guerra!" O general Viktor Dankl, comandante designado do 1º Exército austro-húngaro, escreveu essas palavras em 31 de julho de 1914, o dia em que ficou claro que a disputa entre Áustria-Hungria e Sérvia, decorrente do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, um mês antes, não seria resolvida pacificamente nem se limitaria a uma guerra nos Bálcãs. Quarenta e três anos haviam se passado desde a última guerra em que potências europeias se enfrentaram e, como muitos oficiais militares europeus da sua geração, Dankl, na época com 59 anos, temia servir toda a sua carreira sem experimentar um conflito desse tipo. Em 2 de agosto, em outra anotação em seu diário, ao se referir ao conflito que crescia rapidamente como "a Guerra Mundial", Dankl não podia imaginar o quão preciso se tornaria o rótulo: que a ação se estenderia ao Extremo Oriente, ao Pacífico Sul e à África Subsaariana; que mais de um milhão de homens dos impérios Britânico e Francês entrariam em ação em campos de batalha europeus; que os Estados Unidos teriam um exército de mais de 2 milhões de homens na França, apenas quatro anos mais tarde, ou que os países europeus seriam responsáveis por uma minoria de Estados participantes na conferência de paz pós-guerra.

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Como Dankl e outros generais, os estadistas que levaram a Europa à guerra no verão de 1914 não previram as consequências revolucionárias em todo o mundo do conflito cujo início eles saudaram (ou, pelo menos, fizeram muito pouco para desencorajar).

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Para além da Europa, a redistribuição das ex-colônias alemãs afetou o mapa da África, do leste da Ásia e do Pacífico, enquanto o fim do Império Otomano gerou o redesenho generalizado das fronteiras no Oriente Médio e, na Palestina, as raízes do moderno conflito árabe-israelense, decorrente das promessas contraditórias feitas pela Grã-Bretanha durante a guerra ao movimento sionista e a nacionalistas árabes.

Mais do que questões de fronteiras e território, a guerra também viria a revolucionar as relações de poder dentro das sociedades europeias.

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A guerra teve um impacto igualmente dramático sobre a posição da Europa no mundo. [...] como exemplo da falibilidade europeia, a Primeira Guerra Mundial lançou as sementes do movimento anticolonialista que irrompeu após a Segunda Guerra, época em que a explosão populacional no mundo não ocidental reduziu ainda mais o peso relativo de uma Europa que nunca se recuperara do choque demográfico da Primeira Guerra - uma guerra na qual a esmagadora maioria dos milhões de mortos tinha sido de europeus ou de pessoas de origem europeia.

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Nos primeiros dias de agosto de 1914, muitos observadores e participantes se juntaram a Viktor Dankl no reconhecimento do início de uma "grande guerra" ou "guerra mundial", do tipo que a Europa não via desde o final da época de Napoleão, um século antes. As Guerras Napoleônicas, e as guerras por império da Europa moderna, tinham apresentado uma ação em nível mundial em alto-mar e nas colônias, bem como nos campos de batalha europeus. Contudo, no final de agosto, o alcance e a intensidade do conflito em curso, no qual a maioria dos beligerantes já tinha perdido mais homens em uma única batalha, ou mesmo em um único dia, do que em guerras inteiras travadas durante o século XIX ou antes, levaram a maioria a reconhecer que estava testemunhando algo sem precedentes. Em setembro de 1914, em declarações citadas pela imprensa norte-americana, o biólogo alemão e filósofo Ernst Haeckel fez a primeira referência registrada ao conflito como "Primeira Guerra Mundial", em sua previsão de que a luta que começava "se tornar[ia] a primeira guerra mundial no sentido pleno da palavra". O rótulo de "Primeira Guerra Mundial" só se tornaria corrente depois de setembro de 1939, quando a revista Time e uma série de outras publicações popularizaram seu uso como corolário da expressão "Segunda Guerra Mundial", mas já em 1920 o oficial britânico - e jornalista em tempos de paz - Charles à Court Repington publicou suas memórias da guerra sob o título A Primeira Guerra Mundial, 1914-1918. Nos anos do entreguerras, uns poucos descrentes e pessimistas usavam "Primeira Guerra Mundial" em vez da mais comum "Grande Guerra" ou "Guerra Mundial", de modo a refletir a sua consternação por ela não ter sido, como Woodrow Wilson esperava, "a guerra para acabar com todas as guerras".

O uso da expressão, desde 1939, reflete a nossa conceituação da Primeira Guerra Mundial como precursora da Segunda - uma crença universal suficiente para acomodar não só visões opostas sobre a natureza da causa (por exemplo, de que a Segunda Guerra Mundial ocorreu porque Alemanha não tinha sido completamente esmagada durante a Primeira ou porque ela tinha sido desnecessariamente antagonizada na mesa de paz, depois do conflito), mas, ainda mais, a notável diversidade de lições aprendidas e aplicadas pelos países, líderes e povos envolvidos. Enquanto, na Alemanha e na Rússia, os regimes nazista e soviético se mostraram muito mais eficientes e cruéis do que seus antecessores de 1914 na mobilização de seus países para a guerra e sua condução até o amargo final - independentemente do custo em vidas humanas -, as democracias da Europa Ocidental, os domínios britânicos e a Itália demonstraram pouco desejo de repetir o sacrifício de sangue da Primeira Guerra Mundial e, em vários aspectos, adaptaram suas estratégias a isso, desastrosamente para França e Itália. Os Estados Unidos, cuja população ainda não estava pronta para abraçar o manto da liderança mundial no final da Primeira Guerra, mobilizaram-se para a causa uma geração mais tarde e com grande fervor após o choque de Pearl Harbor, enquanto seus líderes se beneficiaram da experiência de 1917 e 1918 na mobilização de recursos norte-americanos para travar a Segunda Guerra. Dos recursos consideráveis dos Estados Unidos, apenas seu contingente fez diferença na Primeira Guerra Mundial, já que a luta terminou antes que a força industrial norte-americana pudesse ser aplicada; assim, Alemanha e Japão subestimaram fatidicamente a capacidade bélica e a determinação nacional dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

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A Segunda Guerra Mundial apresentou versões mais letais de todas as armas e táticas de campo de batalha que foram revolucionárias durante a Primeira Guerra, com a destacada exceção do uso de gás venenoso.

A magnitude da morte e da destruição causadas pela Segunda Guerra ultrapassou em muito a da Primeira, principalmente para as populações civis, mas, a partir de agosto de 1914, a Primeira Guerra Mundial testemunhou atos de brutalidade contra não combatentes que pressagiavam o que aconteceria em uma escala muito maior um quarto de século depois. Das execuções sumárias de civis belgas por soldados alemães e de sérvios por austro-húngaros, passando pela perseguição e, finalmente, chegando à matança genocida de armênios no Império Otomano, ao bombardeio aéreo de Londres e de outras cidades por zepelins alemães, as populações civis sofreram atrocidades em um nível que a Europa e sua periferia não viam desde que a Guerra dos Trinta Anos (1618-48) marcou o fim das guerras religiosas entre católicos e protestantes. Enquanto isso, no mar, o afundamento indiscriminado de milhões de toneladas de navios Aliados por submarinos alemães custou milhares de vidas e prenunciou as campanhas de guerra submarina indiscriminada de ambos os lados na Segunda Guerra Mundial, enquanto o bloqueio naval Aliado (principalmente britânico) às Potências Centrais trouxe desnutrição para as frentes internas da Alemanha e da Áustria e, no final das contas, doença e morte prematura de centenas de seus milhares de civis mais vulneráveis. É impressionante que as populações da frente interna não apenas tenham suportado essas dificuldades sem precedentes, mas, na maioria dos casos, tenham se tornado mais firmes em sua determinação à medida que a guerra se arrastava. Na verdade, enquanto a fadiga de guerra finalmente desencadeou os colapsos revolucionários na Rússia em 1917 e na Alemanha e na Áustria-Hungria em 1918, durante a maior parte da Primeira Guerra Mundial, os civis perseveraram como seus equivalentes dos países Aliados ocidentais, rejeitando a noção de uma paz negociada que tornaria sem sentido não apenas suas privações pessoais, mas, mais importante, as mortes de seus filhos, irmãos, pais e outros entes queridos. Essa perseverança serviu de aviso para líderes políticos sobre o risco, bem como a recompensa, da mobilização de um país para um esforço de guerra total na era do nacionalismo moderno: a guerra não poderia ser vencida sem esse apoio, mas, uma vez que os governos o recebiam, passava a ser uma questão de tudo ou nada, pois seu próprio povo não aceitaria a negociação de concessões como recompensa para esses sacrifícios. A infame observação atribuída a Joseph Stalin durante seus Grandes Expurgos da década de 1930, de que uma morte é uma tragédia e um milhão de mortes, uma estatística, poderia facilmente ter sido aplicada ao derramamento de sangue da Primeira Guerra, e realmente teria sido impensável se essa sangria não tivesse chegado antes. A Primeira Guerra Mundial - uma revolução global em muitos aspectos - acima de tudo redefiniu o que as pessoas poderiam aceitar, suportar ou justificar, e por isso se destaca como um marco na experiência humana pelo tanto que dessensibilizou a humanidade para a desumanidade da guerra moderna.

domingo, 5 de abril de 2015

Anatole France

Anatole France: Ceaselessly repeating that war is abominable, avoiding all the tortuous intrigues which might provoke it

M. Bergeret [fictional alter ego of Anatole France] has always detested war. In several of his books, Le Lys Rouge, L'Orme du Mail and Le Mannequin d'Osier, for example, he has expressed his hatred with an irony even more powerful than rage. Before the storm broke [World War I] he would sometime say that he did not believe in it, because formidable armaments would make it too horrible, and because the governments of Europe, all more or less tinged with democracy, would hesitate before the risks of warfare. At other times, however, like all of us, he was filled with dread.

"It would be madness," he wrote in the preface of Jeanne d'Arc, "to pretend that we are assured of a peace which nothing can disturb. The terrible industrial and commercial rivalries which are growing up around us, on the contrary, give us a foreboding of future conflicts, and there is no guarantee that France will not be involved one day in a European or world-wide conflagration."

A tragic prophecy which was to be confirmed only too soon, alas!

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[A]s for the pretence that the French love war; it is not true. No people ever love war. No people ever wanted to fight. At bottom, the crowd always looks upon fighting without enthusiasm.

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Our enemy was in no wise different from ourselves. Few of them were heroes. Many witnesses saw German soldiers weeping when they were sent into dangerous zones. And why mock at those tears? They were probably aroused by the memory of young wives who would never see their husbands again, of little children who would never kiss their fathers.

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It really seems to me quite impossible that the plain people can ever be infected with the jingoism which infects our middle-classes from time to time. On the contrary, I notice that anti-militarism is bolder than ever. Formerly the deserters, and the slackers, never tried to defend their conduct. "We are betrayed," they would shout. "We are sold!" That was their only justification.

Now they have a theory and reasoned motives. "Le Chant du Départ" has been replaced by a hymn "Pour ne pas Partir." To set one's refusal to music is to become glorious.


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I admit that our country would deserve to be passionately defended, if it were threatened. And then, we must clearly see in what way it has a right to our affection. If by the word country is meant the sum of great ideas and profound feelings, which differ from one country to another, and constitute French wit, English good sense, German dialectics, that is certainly a treasure which should be dear to every nation. It is a flag of light planted on each territory. The finest geniuses of each race have borne it higher and higher. After the event, they have given a magnificent spiritual significance to these groups which the fortuitous circumstances of history had originally brought together haphazardly.

But these moving national doctrines, if they differ, are not divergent, at least. The most eminent thinkers clasp hands across frontiers. They have neither the same tendencies nor the same thoughts, yet they are brought together by their humanity, by their compassion for their fellow-men. It is, therefore, by a culpable deception that people try to oppose one national consciousness against another. On the contrary, in their most serene expression they are complementary. A man can adore his own country while revering others.

Unfortunately, a country is not only a collection of radiant ideas. It is also the business address of a host of financial enterprises of which many have little to recommend them. More than anything else it is the antagonism of capitalistic appetites, often most illegitimate, which drives the nations into conflict, and causes modern wars. Nothing could be sadder. From the bottom of my soul I wish my country to abstain from all greed which might make her in the slightest degree responsible for a struggle.


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THE OLD POET. - "... Chauvinism has its good points."

FRANCE. (emphatically) - Not at all! It is criminal folly. When the jingos say that war is sublime, that it is the school of all the virtues, that it refashions and regenerates men, that Providence gives victory to the most worthy, and that the greatness of a people is measured by its victories, by massacres in which its own children perish with the enemy, they are ridiculous and odious.

THE OLD POET. - "But how will you persuade people to sacrifice themselves to their country?"

France. - By making the country always better, always more just, more maternal towards the people... more loyal, more fraternal towards other nations... by ceaselessly repeating that war is abominable, by carefully avoiding all the tortuous intrigues which might provoke it... by proving by the striking frankness of our conduct that we do not wish to take up arms, that we shall use them only to defend our liberty.

Then the people will love their country which will be identified in their hearts with the finest future of the human race. And if, by any misfortune, it is attacked, they will not allow it to succumb.



Fonte:
http://rickrozoff.wordpress.com/2013/01/13/anatole-france-ceaselessly-repeating-that-war-is-abominable-avoiding-all-the-tortuous-intrigues-which-might-provoke-it