terça-feira, 28 de agosto de 2007

Dialeteen

O peculiar dialeto utilizado pelos teens de 12 a 120

Amoooo/Amo de Paixão
 
Amo muito tudo isso

Balada

Beijar môôôito

Bjus/Bjux

Bombar

Causar

Churras

De boa

De bob/Dibob

É nós (ou "nóis") na fita

Facul

Fala sééério

Findi

Fotenha/Fotinho

Fui

Irado

Kraca

Mano

Me erra

Me liga

Mina

Miga/Migo/Miguxo

Mlk/Mulek/Muleke

Namô

Na moral

Na vibe

Naum

Nhééé

Ninguém merece

Níver

Sair pra night

Show/Show de bola/Xou

Super 10/É 10

T.D.B./Tudo de bom

Tuntz tuntz

Véi/Veinho/Véio

Vida loka

domingo, 26 de agosto de 2007

Nota de agradecimento

Aos headphones, artigo de primeira necessidade no atual estado de arremedo de civilização. Através deles, é criado um universo paralelo de som que serve de refúgio/isolamento/blindagem/amuleto contra o mundo dito real, suas emanações e alguns de seus incômodos habitantes.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Era uma vez no Oeste

Vida e morte. Não acontece muita coisa sem derramamento de sangue. Eu acho que a noção de que as espécies podem melhorar, que todos podem viver em harmonia, é uma idéia realmente perigosa. Aqueles que estão preocupados com essa noção são os primeiros a venderem suas almas, suas liberdades. O desejo de que isso seja o caminho escraviza e deixa a vida vazia.

O escritor Cormac McCarthy é herdeiro legítimo do estilo durão dos caubóis (cowboys) do Velho Oeste (Far West) norte-americano. Porque quem vive nessa cantiga de grilo de melhorar o mundo e abobrinhas do cancioneiro bunda-mole tem mais é que levar garrafa de Jose Cuervo ou de Jack Daniel's no quengo. Ou um soco que projete o mandrião de uma figa e sua conversa de araque para fora do saloon. Taberneira, traga o gim.

domingo, 12 de agosto de 2007

Gambiarras

Teve a típica infância/aborrecência de aspirante a Nerdson Jr. do final do século XX quem divagava lendo sobre os cursos do Instituto Universal Brasileiro - que tinha propaganda em tudo que era revista em quadrinhos -, desmontava relógio de pulso e de parede, pirava com o Pense Bem (antes de dissecá-lo para conferir o que tinha dentro), torrava formigas armado com uma lupa no jardim, queria ter um gerador de Van der Graaf, um turco autômato jogador de xadrez, um pato de Vaucason ou um teremim como brinquedo, estudou a física do bumerangue, sonhava imitar a experiência do Benjamim Franklin com a pipa, tinha um carrinho de corrida cujo controle remoto um belo dia começou a pegar uma estação FM, colecionava metros de cabo coaxial, decorou o simples e grudento jingle da Eletrônica Apolo, nas feiras de ciências inventava marmotas que explodiam/fediam/queimavam/davam choque, leu O Homem Que Calculava e desistiu na metade de Uma Breve História Do Tempo, brincava com ímã, fez trabalhos sobre o cubo de Rubik e a fita de Möbius, ganhou um Dynavision de primeiro video game, subia no telhado para apontar sua antena véia ordinária para a parabólica do vizinho na esperança de captar alguma sobra, discava códigos malucos em telefone público, mexia adoidado na sintonia da TV procurando canal UHF (e aí descobriu a MTV), adorava as cavilações do Professor Pardal e do Dr. Emmett Brown, não perdia sequer um episódio das séries O Professor (com o japinha, lembram?) e O Mundo De Beakman que passavam no canal 5 - e ousava repetir as experiências -, ensinou aos parentes do longínquo interior sem energia elétrica como ligar a televisão numa bateria Moura para assistir à Copa de 94, curtia manual de eletrônica que era vendido em banca de jornal, enfim, quem teve gambiarras tecnológicas em geral fazendo parte da versão miniatura da vida.

sábado, 4 de agosto de 2007

Afegane

Do surrado e escangalhado Dicionário Aurélio aqui de casa, pág 43:

Afegane. Adj. 2 g. 1. De, ou pertencente ou relativo ao Afeganistão (Ásia); afegânico. S. 2 g. 2. Natural ou habitante do Afeganistão. [F. paral.: afegã e afegão.] ● S. m. 3. Unidade monetária e moeda do Afeganistão.

O porquê do nome*? Quando comecei isto aqui, meu avatar no Orkut era a imagem de um soldado talibã com uma arma. O porquê do avatar? Na mesma época, um grupo de colegas da universidade tirava onda porque achava que eu tinha um tipo físico meio de árabe. Um look de Chicão Mustafá, de sultão de Lawrence Of Arabia, com escuríssimos cabelos crespos, nariz adunco, olhar sonso de camelo, magreza de asceta do deserto e epiderme torrada pelo sol fortalezense senegalês. Entre uma aula e outra, sem respeitar muito a geografia, nasceu o apelido Afegane, homenagem sacana à semelhança de minha aparência com a do pessoal cabeça-de-toalha.

* O endereço deste blog era: http://afegane.multiply.com/journal