domingo, 13 de agosto de 2006

Lugares - Uma carta

Fortaleza, 13 de agosto de 2006.

Adisculpe pela demora em escrevê, mas é que nos último ataque sincronizado de uma das gangue de cangaceiro aqui da capital, foi distruído um magote de agência de correio, aí já viu o desmantelo, né? O PCC (Punhado de Cabra-macho do Cangaço) assumiu a autoria dos enteado (o nome é isso mermo?). Aqui continua tudo a mesma bosta-rolante. As rua suja e fedida, todo mundo andando apressado esbarrando de cum força em todo mundo na Barão do Rio Branco, a mendigada lascada e feia enchendo as rua do centro; falando em centro, é cinema pornô em tudo que é esquina, mais esses menino de rua que num vale um cibazol, tudo com o nariz despregando de tanto cheirar cola, as praia imunda com tolete boiando na água, os jumento sem dono solto no mei do mundo atrapalhando o trânsito dos fusca e das carroça, os gato véi batendo ponto no Passeio Público, esses PM réi mal-encarado, filmando a gente de cima a baixo ("é o trabalho deles", marróia a fulerage!), raça véa num serve nem pra acabar com essa praga de assaltante que tem nessa praga de cidade; os coronél mandado e desmandando, as carcaça de boi morto pelas avenida e viaduto, a urubuzada e os carcará disputando um olho co'um naco de carne pendurado, os morador de rua almoçando cacto (é, a seca tá braba, quaji 100 purcento do estado no semárido, ehé, tá pensando o quê, tenho cultura, me alembro quando vi isso na iscola em jografía).

E eu continuo no empreguim de vender bala de gengibre e jujuba nos cambão. Até que tá dando pra pagar direitim as prestação da casa. Teve um tempo aí até cum dinheiro sobrando que eu me taquei pra Feira dos Pássaro e comprei um devedê. Nos fim-de-semana eu junto uma negada, fazemo uma cotinha pros celular e pros espetim e ficamo vendo o show da Banda Calipso com o volume da TV nas altura. Aqui em casa à noite anda de lascar, é um nevoeiro de muriçoca da mulésta quando tá perto da novela das seis, começa aqueles ror de mosquito em volta da cabeça do povo, afff! E o que lasca mesmo é que de mistura tem o édes, né?, o mosquito da dengue.

Agora recente a gente foi com a turma de sempre curtir a Pipoca do Fortal. Tudo mundo sentiu muito sua falta, pois todo santo ano tu ficava responsável de levar umas tupperware com farofa e linguicinha pra mode o povo recuperar as energia nos intervalo das apresentação das banda de axé.

Aqui no bairro já tá chêi de zuada de propaganda de pulítica.

Sobre a nossa parentada, vou tentar um resumo rápido. A Creidileane embuchou do namorado; o Máiquel vai tentar vestibular pra Federal de novo; o Dorisvaldo montou uma lojinha no Beco da Poeira; a Mariscleide finalmente ganhou um concurso pra ser dançarina de uma banda de forró; O Wílliame, o mais novo, anda esquisito agora com essas história de rock, ele anda com um bando novo esquisito que apareceu por aí, com umas éguagem de franjinha, chêi de pulsera, brinco nas venta, corrente, uns tênis da mesma marca, tudo de camisa preta. Tá bom de levar umas cordada pra parar com essas baitolagem; o tio Lunga finalmente aceitou fazer tratamento no AA; o Pai e a Mãe tão na mesma e mandam um chêro.

Abraço e mande notícia!