sexta-feira, 20 de julho de 2007

Voar é para passarinhos

E para brasileiros desavisados e/ou corajosos. Ou sem a abúlica opção de preferir não voar, de deixar isso para o albatroz e o pelicano.

Parafraseando o filósofo/cantor e conterrâneo Falcão: "Nada como um dia após o outro, com uma noite no meio."

...vem batida de avião no ar, vai João Hélio, vem batida de avião de novo (no chão), vai oligarca sepultado...

Não bastaram os atrasos, veio a derrapagem. O desespero e a revolta dos bruzundangas me comovem tanto quanto as atuações do núcleo adolescente de novela das 7. Vocês (nós?) não têm jeito, não aprendem. Como amigo que de fato o é já chega dando voadora, é nesse momento de pesar e reflexão e solidariedade com vítimas, parentes e aderentes que ofereço meu bovino tédio diante de mais essa tragédia que comove o Brasil-sil-sil de Galvão Bueno.

Até porque daria um trabalho danado parar nossas ocupações para chorar cada estilhaço da estupidez humana. Seria prantear cada tijolo da Torre de Babel. Meu palpite é que esses acidentes de percurso na biosfera, tão terríveis, não valem qualquer comentário mais passional, não. E é a inata estupidez temperada com incompetência tipicamente 3°-mundista que nos leva a estar sempre batendo recordes (ainda mais em tempos de Pan) em se tratando de catástrofes.

Mas recomendo preparar a paciência para a nuvem de babaquice que estacionar na área quando o próximo brinquedo sem graça em grande escala estourar.

"Olhe, chefe, o avião!" (Tattoo, do seriado Ilha Da Fantasia)