terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Eterno retorno

Festa da carne é o mesmo enredo todos os anos. É lindo o mundiceiro, contagiando e sacudindo essa cidade.

Sapucaí, Recife, Olinda, Salvador, Beberibe, Ouro Preto, Bois Caprichoso & Garantido, Veneza, Nova Orleans, ziriguidum esquindô esquindô.

Favelentos obesos armados de cavaquinho, de caxambu, de cuíca.

Favelentas purpurinadas e lantejouladas.

A veiarada reumática mandando ver e desafiando a ciática nos bailes da saudade. Arlequins e colombinas geriátricos, pierrôs de bengala.

Maurícios e Patrícias deixando pelas praias do interior um rastro de garrafas de cerveja + embalagens de preservativo.

Pagando de madrinhas de bateria, atrizes da Vênus Platinada.

As tentativas de piada do Maurício Kubrusly.

Travestis que parecem sobreviventes do Clube Do Bolinha. Haja pluma e paetê.

Pagode da amarelinha, Cuidado com a cabeça do pimpolho, Dança da Manivela, Vou aparar pela rabiola, Se você pensa que cachaça é água, Olha a cabeleira do Zezé, É um homem no meio com duas mulheres fazendo um sanduíche, Sene (4x) Senegal, Requebra (3x) assim, pode falar pode rir de mim, Luiz Caldas, Cid Guerreiro, Tonho Matéria.

Eterno retorno do esquema samba, suor & sacanagem, como diz aquele quadro do Hermes & Renato.

Eu sou da birra, não posso negar.

Continuam valendo os posts temáticos do ano passado:

No carnaval, Juízo - Parte I

No carnaval, Juízo - Parte II

Vou ali tomar um vermute com amendoim. Combinação dez, nota dez.