Há um bairro aqui da cidade, cujo nome não merece ser escrito, em que o
bicho tá pegando, a chapa esquentando e a jiripoca piando. Tudo por
causa da intensificação de atividades dos businessmen e self-made mendo
ramo especializado nos produtos não-legalizados apreciados pela Amy
Winehouse, pelo treinador Maradona e pelo ator Fábio Assunção.
Minha vizinhança não é flor que se cheire nem se regue. Mas a mencionada região, que anda fervendo de aventuras, já está virando é uma selva de plantas carnívoras gigantes, aquelas de cine monstro.
Novamente, veio à tona a problemática, ainda sem solucionática, que envolve os moradores mais jovens dessas áreas de risco. A didática e eletrizante matéria:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=580459
(Viram isso? O que esperar de um lugarejo por onde quinquagenárias circulam com blusinha pink da Sapeka =^;^= Modas sem que o Centro de Controle de Zoonozes ou o hospital psiquiátrico Mira y Lopez tome providências? E esse policial fotografado, hein? Parece a babá do desenho dos Muppet Babies. Mas voltando à vaca fria:)
Olho para o registro dessa brutalidade cor vermelho-sangue e penso se ela é um morango aqui doNordeste. O cidadão comum só conta com os folhetos de São Judas Tadeu na carteira e um boné da Apavv para se proteger do Leão da criminalidade. Gosto tanto de você, Leãozinho, que às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois, você esquartejado e eu traçando sua carne com feijão e arroz. Prezada mãezinha, você que chorando estará ao lembrar de um amor que um dia não soube cuidar, caso seja alfabetizada, deixo-lhe um recado amigo. Que em meio a essa crise financeira internacional pelo menos as funerárias aí das redondezas turbinem os negócios.
Em certo momento, de acordo com o jornal, ela diz: "Pelo amor de Deus, façam alguma coisa por nós, mães do S.M. Estamos perdendo nossos filhos!"
Acho que não captei a vossa mensagem. Como assim? Espécimes semelhantes a seu finado rebento nóia, de conduta mais torta que a boca da Patrícia Saboya e criados pelas que os pariram como se fossem peraltinhas trajando calção curto, camisetinha dos Bananas de Pijamas e bonezinho de hélice, e apenas recebendo repreensõezinhas "Ronivalter, seu peste, tu tá usando droga! Não vai ganhar o sorvete de pitomba da sobremesa!"? A senhora é uma fanfarrona, Dona Suburbana. No que dependeu dos próprios que o puseram no mundo, ele converteu-se em outro Pixote que consome crack, prende a fumaça num coito interrompido, depois extravasa, libera e joga tudo pro ar. Tia, dada sua inépcia como tutora, só lhe resta aguardar uma força-tarefa, no melhor estilo Tropa de Elite osso duro de roer, com atribuições de Supernanny. A milícia vai às sarjetas e aos moquiços, dá broncas e conselhos, subtrai os cachimbos, cigarrinhos do capeta e revólveres da molecada. Além de distribuir cartilhas de conscientização protagonizadas pela Turma da Mônica. Lespeite as leglas com o Cebolinha. A ressocialização como prioridade, violência não.
Vou preparar uns slides e o Datashow para ver se me faço entender. Acompanhem o pontinho laser, por favor.
Na minha época de petiz entusiasta de mingau Cremogema, os traquinas não eram tratados a pão-de-ló. Não, senhor. O repertório punitivo para pôr os pirralhos-encrenca nos eixos era eclético. Palmadas, cinturõezadas, cordadas, bordunadas, catiripapos, cascudos, beliscões, chineladas (particularmente insuportáveis durante o período Rider), ajoelhar-se no milho ou nas tampinhas de refrigerante emborcadas, ser trancafiado na despensa ou marcado com ferro em brasa, voadoras (influência dos filmes de kickboxer), telefones, estrangulamento, corredor polonês de chulipas ou de sabacus, choques elétricos. Técnicas sofisticadas consistiam em torturar o pequeno infame mentindo que, na madrugada, o cramulhão do filme A Lenda, a zebrinha do Fantástico, a negrinha da lata de óleo Pajeú ou o Irapuan Lima viria puxar o pé dele na cama, se ele não se comportasse e parasse de malinagem. Crescemos e aprendemos a obedecer a limites através de uma das raras linguagens que nosso gelatinoso cerebrozinho rústico àquela idade compreendia: a pancada. A lição do hematoma. Um pouco como cães de Pavlov. Porém, existia - e existe - o partido da oposição, com fortes críticas a esses métodos corretivos e uma incansável propensão ao perdão. Nessa homeopatia educacional, os pivetes podem dar vazão a seu lirismo, desabafar sobre o que lhes aflige e expressar os sentimentos que os levaram a pichar muro, a destruir patrimônio do colégio, a quebrar vidraça com baladeira, a surrupiar pêra, jambo, kiwi de pomar, a misturar cocaína na Maizena e a amarrar bomba rasga-lata na cauda do gato angorá.
Diante da belicosa situação do desastrado bairro, as autoridades, como de praxe, prometem tomar uma atitude e tomar DanUp. Tão perto das lendas, tão longe do fim. Como dizem as blogueiras adolescentes senis, falar é fácil, extremamente fácil, pra você, e eu e todo mundo cantar junto.
Minha vizinhança não é flor que se cheire nem se regue. Mas a mencionada região, que anda fervendo de aventuras, já está virando é uma selva de plantas carnívoras gigantes, aquelas de cine monstro.
Novamente, veio à tona a problemática, ainda sem solucionática, que envolve os moradores mais jovens dessas áreas de risco. A didática e eletrizante matéria:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=580459
(Viram isso? O que esperar de um lugarejo por onde quinquagenárias circulam com blusinha pink da Sapeka =^;^= Modas sem que o Centro de Controle de Zoonozes ou o hospital psiquiátrico Mira y Lopez tome providências? E esse policial fotografado, hein? Parece a babá do desenho dos Muppet Babies. Mas voltando à vaca fria:)
Olho para o registro dessa brutalidade cor vermelho-sangue e penso se ela é um morango aqui doNordeste. O cidadão comum só conta com os folhetos de São Judas Tadeu na carteira e um boné da Apavv para se proteger do Leão da criminalidade. Gosto tanto de você, Leãozinho, que às vezes no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois, você esquartejado e eu traçando sua carne com feijão e arroz. Prezada mãezinha, você que chorando estará ao lembrar de um amor que um dia não soube cuidar, caso seja alfabetizada, deixo-lhe um recado amigo. Que em meio a essa crise financeira internacional pelo menos as funerárias aí das redondezas turbinem os negócios.
Em certo momento, de acordo com o jornal, ela diz: "Pelo amor de Deus, façam alguma coisa por nós, mães do S.M. Estamos perdendo nossos filhos!"
Acho que não captei a vossa mensagem. Como assim? Espécimes semelhantes a seu finado rebento nóia, de conduta mais torta que a boca da Patrícia Saboya e criados pelas que os pariram como se fossem peraltinhas trajando calção curto, camisetinha dos Bananas de Pijamas e bonezinho de hélice, e apenas recebendo repreensõezinhas "Ronivalter, seu peste, tu tá usando droga! Não vai ganhar o sorvete de pitomba da sobremesa!"? A senhora é uma fanfarrona, Dona Suburbana. No que dependeu dos próprios que o puseram no mundo, ele converteu-se em outro Pixote que consome crack, prende a fumaça num coito interrompido, depois extravasa, libera e joga tudo pro ar. Tia, dada sua inépcia como tutora, só lhe resta aguardar uma força-tarefa, no melhor estilo Tropa de Elite osso duro de roer, com atribuições de Supernanny. A milícia vai às sarjetas e aos moquiços, dá broncas e conselhos, subtrai os cachimbos, cigarrinhos do capeta e revólveres da molecada. Além de distribuir cartilhas de conscientização protagonizadas pela Turma da Mônica. Lespeite as leglas com o Cebolinha. A ressocialização como prioridade, violência não.
Vou preparar uns slides e o Datashow para ver se me faço entender. Acompanhem o pontinho laser, por favor.
Na minha época de petiz entusiasta de mingau Cremogema, os traquinas não eram tratados a pão-de-ló. Não, senhor. O repertório punitivo para pôr os pirralhos-encrenca nos eixos era eclético. Palmadas, cinturõezadas, cordadas, bordunadas, catiripapos, cascudos, beliscões, chineladas (particularmente insuportáveis durante o período Rider), ajoelhar-se no milho ou nas tampinhas de refrigerante emborcadas, ser trancafiado na despensa ou marcado com ferro em brasa, voadoras (influência dos filmes de kickboxer), telefones, estrangulamento, corredor polonês de chulipas ou de sabacus, choques elétricos. Técnicas sofisticadas consistiam em torturar o pequeno infame mentindo que, na madrugada, o cramulhão do filme A Lenda, a zebrinha do Fantástico, a negrinha da lata de óleo Pajeú ou o Irapuan Lima viria puxar o pé dele na cama, se ele não se comportasse e parasse de malinagem. Crescemos e aprendemos a obedecer a limites através de uma das raras linguagens que nosso gelatinoso cerebrozinho rústico àquela idade compreendia: a pancada. A lição do hematoma. Um pouco como cães de Pavlov. Porém, existia - e existe - o partido da oposição, com fortes críticas a esses métodos corretivos e uma incansável propensão ao perdão. Nessa homeopatia educacional, os pivetes podem dar vazão a seu lirismo, desabafar sobre o que lhes aflige e expressar os sentimentos que os levaram a pichar muro, a destruir patrimônio do colégio, a quebrar vidraça com baladeira, a surrupiar pêra, jambo, kiwi de pomar, a misturar cocaína na Maizena e a amarrar bomba rasga-lata na cauda do gato angorá.
Diante da belicosa situação do desastrado bairro, as autoridades, como de praxe, prometem tomar uma atitude e tomar DanUp. Tão perto das lendas, tão longe do fim. Como dizem as blogueiras adolescentes senis, falar é fácil, extremamente fácil, pra você, e eu e todo mundo cantar junto.