PRAVDA
16 de dezembro de 2008
O afundamento do Lusitania
(Sergei Balmasov)
Mergulhadores fizeram uma descoberta durante o exame do transatlântico Lusitania que afundou em 1915. Eles confirmaram a versão de acordo com a qual a Grã-Bretanha e os Estados Unidos usaram navios de passageiros civis para contrabandear armas, colocando em risco a vida de civis.
Os escafandristas encontraram suprimentos de guerra a bordo do transatlântico Lusitania, que afundou em 7 de maio de 1915 ao largo da costa da Irlanda. A maioria dos passageiros - 1.198 pessoas, inclusive 139 cidadãos americanos - perdeu a vida na tragédia. O evento, que a mídia descreveu como o maior crime militar da história, despertou numerosos protestos no mundo.
No limiar da Primeira Guerra Mundial, a Europa descobriu-se no meio de uma corrida armamentista. A Grã-Bretanha tentou desinformar o inimigo a respeito de seu poderio militar. O país estava construindo navios de guerra tanto convencionais quando de reserva, disfarçados de navios civis. Esses últimos incluíam grandes transatlânticos, que a Grã-Bretanha planejava usar dentro da estrutura de sua marinha em caso de necessidade. O Lusitania, com 31.000 toneladas, era um dos maiores navios da época.
Na verdade, plataformas para canhões e guindastes para munição foram montados no Lusitania e em outros navios logo que a guerra eclodiu. Entretanto, a Grã-Bretanha foi forçada a desistir da ideia original para seu uso devido ao temor da 'mais nova arma alemã', os submarinos, para os quais um transatlântico constituía alvo muito bom. De início mobilizado para propósitos militares, o Lusitania voltou à condição de simples, embora enorme, transatlântico de passageiros.
A indústria britânica percebeu que não estava preparada para a guerra mundial e ser incapaz de atender às exigências da área de defesa do país. Os transatlânticos foram finalmente usados como navios de contrabando. O Lusitania partiu, em sua letal viagem, de New York rumo a Liverpool em 1º de maio de 1915. Uma semana depois, um submarino alemão torpedeou o navio.
A mídia alemã imediatamente escreveu que havia substâncias explosivas e equipamento militar a bordo do navio. Grã-Bretanha e Estados Unidos rejeitaram a afirmação.
Escusado é dizer que a verdade a respeito do transatlântico teria permanecido um mistério, pois era extremamente difícil submergir a uma profundidade superior a 100 metros, onde repousava o Lusitania. As coisas hoje mudaram. Revelou-se que o navio estava carregando muitas caixas de balas Remington.
Um estreito círculo de historiadores profissionais não achou a descoberta surpreendente. A informação a respeito da carga a bordo do navio naufragado apareceu originalmente como resultado da investigação conduzida pelo jornalista britânico Colin Simpson. O jornalista concluiu que o navio estava transportando explosivos fabricados nos Estados Unidos. O britânico descobriu, particularmente, que havia 3.800 caixas de "queijo" em meio à carga a bordo do transatlântico. As caixas estavam registradas em nome do cidadão americano A. Frazer.
Em segundo lugar, Londres oficialmente reconheceu que havia um pequeno estoque de balas a bordo do navio naufragado. Entretanto, esse reconhecimento não mudou em nada o estatuto civil do navio.
Todos os fatos acima mencionados comprovaram que havia carga militar a bordo do transatlântico.
Jornais dos Estados Unidos escreveram pouco antes de o Lusitania partir em sua última viagem que era perigoso para cidadãos dos Estados Unidos permanecerem a bordo de navios de passageiros britânicos. Essa advertência foi originalmente feita pela Embaixada Alemã nos Estados Unidos. A embaixada fora informada de que o Lusitania transportaria grande carga militar.
Os passageiros do transatlântico foram informados de que nenhum navio alemão poderia alcançar aquele transatlântico de alta velocidade, e de que navios de guerra britânicos protegeriam o Lusitania de possível ataque de submarinos. Ninguém escoltou o navio, e o Lusitania afundou.
Por que isso aconteceu? A resposta é simples. De um lado, a Grã-Bretanha estava importando cargas militares usando como disfarce cidadãos de países neutros. Era um jogo vantajoso para a Grã-Bretanha, mesmo que a Alemanha destruísse um de tais navios. A Grã-Bretanha queria que os Estados Unidos se envolvessem na guerra.
- - -
O enorme navio afundou em apenas 18 minutos devido à pesada carga. O capitão do submarino alemão U-20, Schwieger, disse que ordenara o disparo de apenas um torpedo, embora o ataque resultasse em duas grandes explosões, que esmigalharam o compartimento de carga mais baixo e o convés do navio. Este afundou rapidamente quando a munição explodiu em seus compartimentos de carga.
Mesmo se dois torpedos tivessem atingido um navio imenso como o Lusitania, este teria permanecido na superfície da água por pelo menos duas horas. Por exemplo, submarinos alemães despejaram seis torpedos ao atacar o barco a vapor Justicia em 1918. O barco torpedeado permaneceu à tona por mais um dia, enquanto o enorme Lusitania afundou em apenas questão de minutos.
A Embaixada da Áustria-Hungria nos Estados Unidos reconheceu, em junho de 1915, que havia informado a Alemanha a respeito da carga secreta a bordo do Lusitania. Os diplomatas austro-húngaros temeram que o fato pudesse levar a uma guerra entre Viena e Washington e tentaram encontrar desculpas ingênuas.
É digno de nota que o então Secretário de Estado William Bryan condenou a política do presidente, que estava ciente do transporte de suprimentos de guerra dos Estados Unidos a bordo de navios britânicos, o que era séria violação da neutralidade dos Estados Unidos.
Fonte:
http://port.pravda.ru/sociedade/incidentes/16-12-2008/25594-mergulhadores-1
Mais:
http://www.youtube.com/watch?v=AYKdXABWaFg
Lusitania & Aleister Crowley
16 de dezembro de 2008
O afundamento do Lusitania
(Sergei Balmasov)
Mergulhadores fizeram uma descoberta durante o exame do transatlântico Lusitania que afundou em 1915. Eles confirmaram a versão de acordo com a qual a Grã-Bretanha e os Estados Unidos usaram navios de passageiros civis para contrabandear armas, colocando em risco a vida de civis.
Os escafandristas encontraram suprimentos de guerra a bordo do transatlântico Lusitania, que afundou em 7 de maio de 1915 ao largo da costa da Irlanda. A maioria dos passageiros - 1.198 pessoas, inclusive 139 cidadãos americanos - perdeu a vida na tragédia. O evento, que a mídia descreveu como o maior crime militar da história, despertou numerosos protestos no mundo.
No limiar da Primeira Guerra Mundial, a Europa descobriu-se no meio de uma corrida armamentista. A Grã-Bretanha tentou desinformar o inimigo a respeito de seu poderio militar. O país estava construindo navios de guerra tanto convencionais quando de reserva, disfarçados de navios civis. Esses últimos incluíam grandes transatlânticos, que a Grã-Bretanha planejava usar dentro da estrutura de sua marinha em caso de necessidade. O Lusitania, com 31.000 toneladas, era um dos maiores navios da época.
Na verdade, plataformas para canhões e guindastes para munição foram montados no Lusitania e em outros navios logo que a guerra eclodiu. Entretanto, a Grã-Bretanha foi forçada a desistir da ideia original para seu uso devido ao temor da 'mais nova arma alemã', os submarinos, para os quais um transatlântico constituía alvo muito bom. De início mobilizado para propósitos militares, o Lusitania voltou à condição de simples, embora enorme, transatlântico de passageiros.
A indústria britânica percebeu que não estava preparada para a guerra mundial e ser incapaz de atender às exigências da área de defesa do país. Os transatlânticos foram finalmente usados como navios de contrabando. O Lusitania partiu, em sua letal viagem, de New York rumo a Liverpool em 1º de maio de 1915. Uma semana depois, um submarino alemão torpedeou o navio.
A mídia alemã imediatamente escreveu que havia substâncias explosivas e equipamento militar a bordo do navio. Grã-Bretanha e Estados Unidos rejeitaram a afirmação.
Escusado é dizer que a verdade a respeito do transatlântico teria permanecido um mistério, pois era extremamente difícil submergir a uma profundidade superior a 100 metros, onde repousava o Lusitania. As coisas hoje mudaram. Revelou-se que o navio estava carregando muitas caixas de balas Remington.
Um estreito círculo de historiadores profissionais não achou a descoberta surpreendente. A informação a respeito da carga a bordo do navio naufragado apareceu originalmente como resultado da investigação conduzida pelo jornalista britânico Colin Simpson. O jornalista concluiu que o navio estava transportando explosivos fabricados nos Estados Unidos. O britânico descobriu, particularmente, que havia 3.800 caixas de "queijo" em meio à carga a bordo do transatlântico. As caixas estavam registradas em nome do cidadão americano A. Frazer.
Em segundo lugar, Londres oficialmente reconheceu que havia um pequeno estoque de balas a bordo do navio naufragado. Entretanto, esse reconhecimento não mudou em nada o estatuto civil do navio.
Todos os fatos acima mencionados comprovaram que havia carga militar a bordo do transatlântico.
Jornais dos Estados Unidos escreveram pouco antes de o Lusitania partir em sua última viagem que era perigoso para cidadãos dos Estados Unidos permanecerem a bordo de navios de passageiros britânicos. Essa advertência foi originalmente feita pela Embaixada Alemã nos Estados Unidos. A embaixada fora informada de que o Lusitania transportaria grande carga militar.
Os passageiros do transatlântico foram informados de que nenhum navio alemão poderia alcançar aquele transatlântico de alta velocidade, e de que navios de guerra britânicos protegeriam o Lusitania de possível ataque de submarinos. Ninguém escoltou o navio, e o Lusitania afundou.
Por que isso aconteceu? A resposta é simples. De um lado, a Grã-Bretanha estava importando cargas militares usando como disfarce cidadãos de países neutros. Era um jogo vantajoso para a Grã-Bretanha, mesmo que a Alemanha destruísse um de tais navios. A Grã-Bretanha queria que os Estados Unidos se envolvessem na guerra.
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O enorme navio afundou em apenas 18 minutos devido à pesada carga. O capitão do submarino alemão U-20, Schwieger, disse que ordenara o disparo de apenas um torpedo, embora o ataque resultasse em duas grandes explosões, que esmigalharam o compartimento de carga mais baixo e o convés do navio. Este afundou rapidamente quando a munição explodiu em seus compartimentos de carga.
Mesmo se dois torpedos tivessem atingido um navio imenso como o Lusitania, este teria permanecido na superfície da água por pelo menos duas horas. Por exemplo, submarinos alemães despejaram seis torpedos ao atacar o barco a vapor Justicia em 1918. O barco torpedeado permaneceu à tona por mais um dia, enquanto o enorme Lusitania afundou em apenas questão de minutos.
A Embaixada da Áustria-Hungria nos Estados Unidos reconheceu, em junho de 1915, que havia informado a Alemanha a respeito da carga secreta a bordo do Lusitania. Os diplomatas austro-húngaros temeram que o fato pudesse levar a uma guerra entre Viena e Washington e tentaram encontrar desculpas ingênuas.
É digno de nota que o então Secretário de Estado William Bryan condenou a política do presidente, que estava ciente do transporte de suprimentos de guerra dos Estados Unidos a bordo de navios britânicos, o que era séria violação da neutralidade dos Estados Unidos.
Fonte:
http://port.pravda.ru/sociedade/incidentes/16-12-2008/25594-mergulhadores-1
Mais:
http://www.youtube.com/watch?v=AYKdXABWaFg
Lusitania & Aleister Crowley