Alan Mathison Turing, um dos pioneiros da computação. Nascido em Londres
em 1912. De infância isolada e excêntrica, longe dos pais. Desde
pequeno, demonstrou interesse por matemática e talento para o cálculo.
Graduou-se em King's College, Cambridge. Quando a II Guerra Mundial
incendiava a Europa, ele e sua equipe deixaram sua marca no esforço
Aliado. Torrando as pestanas de coruja e a paciência de ourives,
quebraram o código do Enigma, o brinquedo moderno que os
nacional-socialistas utilizavam para trocar correspondência
ultra-secreta. Frustraram sorrateiros planos da quadrilha nazi, por meio
de interceptação e decifração dos padrões de embaralhamento - alterados
constantemente - de mensagens.
E tem a Máquina de Turing, que a gente estuda no último semestre de Ciência da Computação. Esboço futurístico considerado a base, a chave, o sinsinsalabin da expansão da era eletrônica/digital. Turing era brilhante. Turing era gay. Fora apaixonado por um colega que morreu de tuberculose bovina.
Sujeito fleumático e discreto (meu nonagenário avô reaça diria: bichinha sonsa), andava pelos cantos a bater na mesma tecla de culpa-repressão. Às escondidas, tinha encontros com rapazes que lhe mitigavam a solidão. Até que foi pego no flagra, com a mão na, er, na massa, seus maldosos. Homossexualidade era ilegal no Reino Unido. Para escapar ao cumprimento de pena na prisão, aceitou submeter-se a tratamento para curá-lo de seu vício que tanto afrontava as famílias abrigadas em casinhas estilo Tudor. Sofreu castração química via injeções de hormônio estrógeno e desenvolveu humilhantes e flácidos peitinhos de garçonete decadente.
Seqüela do escândalo, seu lado G começou a afetar sua vida profissional. Por ordem judicial, teve que se afastar de suas pesquisas. Apesar da excepcional ficha de serviços prestados, as propostas de trabalho escasseavam. Entra em cena a obsolescência, esta pantera. Comentários escarninhos, no inconfundível sotaque britânico, empolgavam as rodas de conversa. Na bocarra do povo, enfim. Desencriptografada e exposta na vitrine sua condição de invertido. Sua ffenffibilidade não agüentou. Alan suicidou-se merendando uma maçã com cianureto em 1954, num estranho decalque de Branca de Neve vitimada pela Bruxa. Tilt. Outra versão diz que ele costumava armazenar descuidadamente produtos químicos pela residência e envenenou-se acidentalmente. No ano passado, veio a público um pedido formal de desculpas do governo inglês pelo modo como as autoridades procederam com o cientista.
Seu epitáfio:
Hyperboloids of wondrous Light
Rolling for aye through Space and Time
Harbour those Waves which somehow Might
Play out God's holy pantomime
E tem a Máquina de Turing, que a gente estuda no último semestre de Ciência da Computação. Esboço futurístico considerado a base, a chave, o sinsinsalabin da expansão da era eletrônica/digital. Turing era brilhante. Turing era gay. Fora apaixonado por um colega que morreu de tuberculose bovina.
Sujeito fleumático e discreto (meu nonagenário avô reaça diria: bichinha sonsa), andava pelos cantos a bater na mesma tecla de culpa-repressão. Às escondidas, tinha encontros com rapazes que lhe mitigavam a solidão. Até que foi pego no flagra, com a mão na, er, na massa, seus maldosos. Homossexualidade era ilegal no Reino Unido. Para escapar ao cumprimento de pena na prisão, aceitou submeter-se a tratamento para curá-lo de seu vício que tanto afrontava as famílias abrigadas em casinhas estilo Tudor. Sofreu castração química via injeções de hormônio estrógeno e desenvolveu humilhantes e flácidos peitinhos de garçonete decadente.
Seqüela do escândalo, seu lado G começou a afetar sua vida profissional. Por ordem judicial, teve que se afastar de suas pesquisas. Apesar da excepcional ficha de serviços prestados, as propostas de trabalho escasseavam. Entra em cena a obsolescência, esta pantera. Comentários escarninhos, no inconfundível sotaque britânico, empolgavam as rodas de conversa. Na bocarra do povo, enfim. Desencriptografada e exposta na vitrine sua condição de invertido. Sua ffenffibilidade não agüentou. Alan suicidou-se merendando uma maçã com cianureto em 1954, num estranho decalque de Branca de Neve vitimada pela Bruxa. Tilt. Outra versão diz que ele costumava armazenar descuidadamente produtos químicos pela residência e envenenou-se acidentalmente. No ano passado, veio a público um pedido formal de desculpas do governo inglês pelo modo como as autoridades procederam com o cientista.
Seu epitáfio:
Hyperboloids of wondrous Light
Rolling for aye through Space and Time
Harbour those Waves which somehow Might
Play out God's holy pantomime