sábado, 12 de julho de 2008

Do que elas gostam

Talvez o que me leve a insistir em passar os olhos nos jornais impressos por algo além da tirinha do Pafúncio, das palavras cruzadas e das receitas de empadão de frango seja só busca pelo exotismo, tipo perceber em certas notícias aspectos análogos a tailandesas de pescoço longo ou a aberrações de circo do início do século XX. Ou, numa comparação mais hardcore, a sessões de tortura no Iraque, a cachorros assados em alguma Coréia.

É quando leio essa:

A biofarmacêutica Maria da Penha disse nesta segunda (7) que quem é contra a lei de proteção à mulher ou despreza os casos de violência registrados no país ou quer perpetuar o machismo. "Eles [contrários à lei] ou desconhecem a realidade do País ou são oriundos de famílias altamente machistas e querem perpetuar o machismo não só nas suas casas, mas também na sociedade", resumiu.

E essa:

Depois de sete anos de espera, Maria da Penha recebeu nesta segunda-feira a indenização de R$ 60 mil do Governo do Ceará. [...] Para Maria da Penha este é um momento muito feliz. "O Brasil foi condenado pela OEA por tratar os casos de violência à mulher com negligência. Hoje, o Governo do Ceará reconheceu que errou e está me pagando de maneira simbólica, cumprindo uma determinação" desabafou.

A Mariazinha tomou tiro do ex-marido pelas costas. Ficou paraplégica. Não satisfeito, o cônjuge pouco romântico ainda tentou matá-la eletrocutada. Mas o agressor psicopata foi tão incompetente que nem para causar uma lesão séria na boca da esposa e assim evitar que posteriormente ela poluísse os ares ao vomitar bobageiras do cancioneiro feministóide-paranóide-debilóide.

Presumo que até professores de cursinho já tenham ouvido falar daquele papo do Nelson Flor-de-obsessão Rodrigues de que mulher gosta de apanhar. Nem todas, só as normais, acrescentava ele, didaticamente. Se a Mary for do time das não-patólógicas, parabéns a ela por unir o útil (bufunfa) ao agradável (porrada). Faturando uns cobres do erário.

Mariazinha, Ziraldo e Jaguar. O trio ternura que vai às nuvens de algodão doce no céu de brigadeiro do vitimi$mo.