Está aí o recente - suposto? pretenso? - arrastão em grande escala no
Centro, o qual foi desexplicado pelas autoridades (in)competentes
seguindo a tática Barbrady de "não tem nada pra ver aqui",
tangendo com o quepe os curiosos. Não me agradam hipóteses conspiratórias. Mas já que resido numa província que está em um país onde
Severino Cavalcanti é levado a sério, prefiro ficar com uma pata atrás e
considerar várias conjecturas. Vem comigo.
Então, espiem só. Alguma coisa acontece, e não é perto do meu marcapasso. Ou as lombras de crack deixando os malacos mais selvagens e exacerbando o desprezo deles pelas mais elementares regras de etiqueta, ou os bairros pacificados que existem apenas em propagandas oficiais com imagem cinematográfica e reluzentes camburões, ou a violência latente de cada protótipo de cidadão comum, ou simplesmente a população crescendo demais numa área que não segura a onda de tanta gente querendo sobreviver (há um nome vistoso para isso: infra-estrutura; nesse caso, a falta dela).
A suspeita de fluidos a cheirar mal rolando nos bastidores, tal qual água no canal do Jardim América, eu já vinha costurando faz é tempo, numa colcha feita retalhos de conversas aqui e acolá, ouvidas de colegas ou de incógnitos. Tornando-se amiudados (mera coincidência?) causos envolvendoseqüestros-relâmpago, refregas entre bandido e polícia, coronhadas, trombadinhas em fuga derrubando velhotas, horários e locais cada vez menos recomendáveis.
Tenho uma teoria dos precedentes. Se alguém, antes de 11 de setembro de 2001, viesse com especulações sobre o que rolou naquela terça-feira, certamente receberia respostas tipo "Ah, fala sério!", "Não viaja, impossível!", "Isso é coisa de filme!". Até que um bando de labregos maometanos foi lá e fez. Aquilo foi o precedente. Agora tínhamos a prova de que a audácia mirabolante era possível. Virou parte da paisagem morar assustado imaginando onde seria o próximo. E depois ainda houve outros golpes em Londres e em Madri. Os incidentes que ora brotam cá pela cidade, por enquanto comentados com um mix de espanto/indignação/excitação, podem, perigosamente, representar o precedente de fatos que os cabeça-chata pósteros vão encarar em seu cotidiano como sendo tão banais quanto mulheres seminuas nas propagandas das traseiras de ônibus ou topics superlotadas às 6 da tarde.
Então, espiem só. Alguma coisa acontece, e não é perto do meu marcapasso. Ou as lombras de crack deixando os malacos mais selvagens e exacerbando o desprezo deles pelas mais elementares regras de etiqueta, ou os bairros pacificados que existem apenas em propagandas oficiais com imagem cinematográfica e reluzentes camburões, ou a violência latente de cada protótipo de cidadão comum, ou simplesmente a população crescendo demais numa área que não segura a onda de tanta gente querendo sobreviver (há um nome vistoso para isso: infra-estrutura; nesse caso, a falta dela).
A suspeita de fluidos a cheirar mal rolando nos bastidores, tal qual água no canal do Jardim América, eu já vinha costurando faz é tempo, numa colcha feita retalhos de conversas aqui e acolá, ouvidas de colegas ou de incógnitos. Tornando-se amiudados (mera coincidência?) causos envolvendoseqüestros-relâmpago, refregas entre bandido e polícia, coronhadas, trombadinhas em fuga derrubando velhotas, horários e locais cada vez menos recomendáveis.
Tenho uma teoria dos precedentes. Se alguém, antes de 11 de setembro de 2001, viesse com especulações sobre o que rolou naquela terça-feira, certamente receberia respostas tipo "Ah, fala sério!", "Não viaja, impossível!", "Isso é coisa de filme!". Até que um bando de labregos maometanos foi lá e fez. Aquilo foi o precedente. Agora tínhamos a prova de que a audácia mirabolante era possível. Virou parte da paisagem morar assustado imaginando onde seria o próximo. E depois ainda houve outros golpes em Londres e em Madri. Os incidentes que ora brotam cá pela cidade, por enquanto comentados com um mix de espanto/indignação/excitação, podem, perigosamente, representar o precedente de fatos que os cabeça-chata pósteros vão encarar em seu cotidiano como sendo tão banais quanto mulheres seminuas nas propagandas das traseiras de ônibus ou topics superlotadas às 6 da tarde.