Uma especulação científica que parece tirada de saga de quadrinhos da
Marvel é a que trata da morte do sol. Um dia, que não será amanhã - mas
que há de chegar, afiançam-nos os entendidos leitores da revista Superinteressante -,
a fornalha do astro-rei vai aderir ao Cansei. O reator, movido a
hidrogênio, da grandiosa usina que proporcionou toda a existência como
conhecemos, esgotará (irreversivelmente) seu combustível e apagar-se-á
inapelavelmente como uma arcaica lâmpada incandescente. Mas não
assistiremos à cena em que ele vira uma casca enrugada. A máquina da
filial Terra, com sua engrenagem-chefe indo para o brejo, entrará em
colapso e desaparecerá sem deixar vestígios - como falar em posteridade
nessa situação? - muito antes do suspiro final d'A Estrela.
No começo, haverá uma expansão do orbe de fogo, devorando os súditos mais próximos como um Pac-Man alucinado. Estará incluído nesse manjar o pálido ponto azul que ora nos serve de morada. Sabem a mancha cor de safira que aparece na inicialização do Google Earth? Pois é. E a radiação será estupidamente maior. Só isso já vai inviabilizar total o fenômeno vida e eliminar as intrigantes bagatelas - seres vivos - residentes no geóide. Sairemos do palco nos primeiros minutos do último ato da divina comédia. Com a solenidade das naves destroçadas no Space Invaders. Ou seja, um pof e acabou-se o agridoce. O esquentadinho lá de cima no ápice de seu mau humor.
Para nós, com 2 ou 4 pernas, com ou sem ossos, com ou sem renda, laissez-faire ou intervencionistas, cigarra ou formiga, carrascos ou vítimas, será o tal do Fim. O tão alardeado, tantas vezes e de tantas formas profetizado.
Passada essa fase de criativa euforia destruidora, ele recolher-se-á à sua insignificância, como diria um ilustre parlamentar brasileiro. Em seu antiútero, o sol provavelmente tornar-se-á uma chamada "estrela fria", de acordo com a gíria dos astrônomos. Sem ninguém para realizar suas exéquias, ele, simples assim, expira, resignado e em silêncio.
Uma calejada de eras atrás, ele permitiu o boot primordial. Tinha que ser ele de novo para pressionar o delete e enfiar sua viola no saco. Talvez sobrem uns farelos para o Galactus.
Comumente, esse evento é situado em daqui a uns 5 bilhões de anos. Pelos menos a outra história, com clangor de trombetas e céus se abrindo, tinha pompa e circunstância dignas de estréia no Teatro La Scala de Milão.
No começo, haverá uma expansão do orbe de fogo, devorando os súditos mais próximos como um Pac-Man alucinado. Estará incluído nesse manjar o pálido ponto azul que ora nos serve de morada. Sabem a mancha cor de safira que aparece na inicialização do Google Earth? Pois é. E a radiação será estupidamente maior. Só isso já vai inviabilizar total o fenômeno vida e eliminar as intrigantes bagatelas - seres vivos - residentes no geóide. Sairemos do palco nos primeiros minutos do último ato da divina comédia. Com a solenidade das naves destroçadas no Space Invaders. Ou seja, um pof e acabou-se o agridoce. O esquentadinho lá de cima no ápice de seu mau humor.
Para nós, com 2 ou 4 pernas, com ou sem ossos, com ou sem renda, laissez-faire ou intervencionistas, cigarra ou formiga, carrascos ou vítimas, será o tal do Fim. O tão alardeado, tantas vezes e de tantas formas profetizado.
Passada essa fase de criativa euforia destruidora, ele recolher-se-á à sua insignificância, como diria um ilustre parlamentar brasileiro. Em seu antiútero, o sol provavelmente tornar-se-á uma chamada "estrela fria", de acordo com a gíria dos astrônomos. Sem ninguém para realizar suas exéquias, ele, simples assim, expira, resignado e em silêncio.
Uma calejada de eras atrás, ele permitiu o boot primordial. Tinha que ser ele de novo para pressionar o delete e enfiar sua viola no saco. Talvez sobrem uns farelos para o Galactus.
Comumente, esse evento é situado em daqui a uns 5 bilhões de anos. Pelos menos a outra história, com clangor de trombetas e céus se abrindo, tinha pompa e circunstância dignas de estréia no Teatro La Scala de Milão.